segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Direto do Coração: Religião ou Relacionamento?

Por Joyce Meyer
Você sabia que Deus quer ser seu amigo? Jesus passou pela experiência da morte na cruz para que você pudesse ter uma intimidade profunda, um relacionamento pessoal com Ele.

Nunca foi Seu plano vir e dar-nos uma lista com regras a cumprir para só assim sermos aceitos por Deus.

Para a maioria, isto é tudo que religião é — seguir um conjunto de regras e regulamentos. Quando cumprimos regras, nos sentimos bem, e quando falhamos ao cumpri-las, nos sentimos mal. Eu fui uma pessoa religiosa por um bom tempo. Eu me esforcei para cumprir todas as regras das quais achei que precisava cumprir para me sentir bem e ser aceita por Deus. Recentemente descobri que o maior problema de ser religiosa era que isso me impedia de desfrutar a minha vida e meu relacionamento com Deus.

Ao contrário de religião, relacionamento é comunhão, não é o que fazemos ou deixamos de fazer. È estar apaixonado por Deus e comunicando-se com Ele durante o dia, justamente como fazemos com um bom amigo.

Efésios 3:12 diz,… por causa da nossa fé Nele, nós ousamos ter arrojo (coragem e confiança) de livre acesso (uma aproximação sem reservas à Deus com liberdade e sem temor). Em outras palavras, como resultado da nossa fé em Jesus, nós podemos desfrutar de um relacionamento contínuo com Deus que é parte de nossa normal vida diária.

Há uma grande diferença entre praticar uma religião e experimentar um relacionamento com Deus. Eu gostaria de compartilhar algumas coisas com você que Deus tem falado comigo sobre o que significa ter um relacionamento íntimo com Ele.

Expectativas de Deus e dos homens
“O que Deus espera de mim?” Muitas pessoas se perguntam isso, e a resposta tem muito a ver com o modo que você vê o seu relacionamento com Deus. Eu jamais esquecerei o que uma mulher em uma das minhas conferências compartilhou comigo. Ela disse que Deus contou à ela que religião é uma idéia do homem das expectativas de Deus, e eu acho que esta é uma ótima definição. Por exemplo, muitas pessoas pensam que Deus espera que elas sejam boas. Mas a bíblia diz que não há um justo se quer. (1) Deus sabia que você e eu não seriamos capazes de sermos bons distante Dele. Foi por isso que Ele enviou Jesus—para podermos nos tornar a justiça de Deus em Cristo. (2)

A verdade é, nós precisamos da graça de Deus para sermos bons, porque ser bom não é só sobre nosso comportamento ou seguir regras corretas... é também sobre nossas motivações. Se nós estamos num relacionamento íntimo com Deus, os resultados naturais serão a motivação e o fortalecimento vindos do nosso relacionamento com Ele para fazermos as coisas que Ele quer que nós façamos.

Estaremos ajudando os outros, lendo a Palavra, orando ou fazendo qualquer outra coisa boa, quando o nosso relacionamento com Deus é prioridade, assim nós iremos nos preocupar só com o que Ele pensa. Em outras palavras, nós seremos motivados através de querer agradar a Deus e às pessoas amadas, não pelas suas necessidades próprias de aceitação ou medo do que os outros irão pensar.


Você está Desfrutando da Sua Vida?
Outro sinal que estamos praticando religião em vez de experimentar um relacionamento é quando nós não estamos desfrutando da nossa vida ou do nosso relacionamento com Deus. A maior chamada de cada crente é para desfrutar a Deus. Se nós não desfrutarmos Deus, nós não iremos aproveitar a vida porque Ele é vida. (3) Se você e eu estamos praticando religião, então tudo se centraliza em torno de seguir regras e cumprir leis.

A verdade é que nós podemos criar regras para qualquer coisa. Nós podemos criar leis para exercícios, limpar a casa, oração, ler a Bíblia... Você escolhe. Eu posso me lembrar de quando era muito religiosa a respeito de limpar a minha casa que não conseguia nem relaxar e desfrutar de ter amigos para almoçar conosco. Eu me preocupava tanto em me certificar que tudo estava perfeito antes dos convidados chegarem que quando eles chegavam, eu já estava brava, exausta e desejando que todos fossem embora.

Se nós estamos apenas praticando religião, até mesmo o nosso relacionamento com Deus pode tornar-se um fardo. Ao invés de só querer estar com Ele, nós sentimos que devemos passar um tempo lendo Sua Palavra, nós devemos orar, nós devemos ir à igreja.. e a lista se vai.. Mas quando você e eu estamos desfrutando de um relacionamento íntimo com Deus, nós vemos as coisas de uma maneira diferente. Passar um tempo com Ele torna-se um privilégio — nós temos que ler a bíblia, nós temos que orar, e nós temos que ir à igreja!

Agora, não estou dizendo que nós não devemos ter regras nas nossas vidas. Ter regras é bom pois elas geralmente nos ajudam a viver uma vida disciplinada. Mas pode se tornar um problema quando as regras nos fazem sentir que somos inaceitáveis ou não tão bons o suficiente quando falharmos em cumpri-las. Jesus não quer que vivamos em baixo de jugo e condenação. Ele veio para nos tornar livres!

Você Está Experimentando Liberdade?
Eu creio que há um mundo cheio de pessoas que estão vivendo debaixo da escravidão de regras e regulamentos da religião e que gostariam de ter uma amizade com Deus. Jesus pagou um alto preço para nos tornar justos perante a Deus e nos trazer para um relacionamento certo com Ele. Segundo Coríntios 5:21 diz, Em consideração a nós Ele fez Jesus (virtualmente) se tornar pecado O qual não conhecia pecado, para que dentro e através dEle pudéssemos nos tornar (providenciado com, visto como estando em, e exemplos de)a justiça de Deus (o que devemos ser, aprovados e aceitos e em relacionamento certo com Ele, pela Sua bondade) .

Você e Eu devemos ser encorajados a focar em nosso relacionamento com o Senhor, não em coisas como quantos versículos da bíblia lemos ou se oramos o número “certo” de horas. Fomos salvos dos nossos pecados então podemos conhecer a Deus e ter comunhão com Ele. Deus quer que nós estejamos relaxados em Sua presença e sermos nós mesmos no relacionamento com Ele. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou... (Gálatas 5:1 NVI)

Meu esposo, Dave, é meu melhor amigo — Eu compartilho com ele todo o dia. Eu estou livre para relaxar, ser eu mesma e conversar com ele sobre qualquer coisa a qualquer hora, não importa como estou me sentindo. Da mesma forma, é assim que Deus quer que eu e você nos relacionemos com Ele.

Escolha Relacionamento
A escolha é sua: Você pode praticar Religião, esforçando-se em cumprir regras e regulamentos, ou você pode desfrutar de um relacionamento, experimentando intimidade com Deus. O Deus de toda a criação quer ser seu amigo—para conversar com você sobre qualquer coisa, dividir seus segredos, suas alegrias e suas lágrimas. Eu o encorajo a buscar a Ele para uma revelação pessoal do Seu amor para que você possa relaxar e desfrutar de um relacionamento de liberdade e intimidade com Ele—Começando hoje!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A eficácia de Jesus na formação de sua Equipe!

Provavelmente, seu sonho, como líder, é ter uma equipe capaz e apaixonada pela obra e por Deus. Uma equipe visionária e eficiente. Parece utopia, mas não é. Jesus teve uma equipe cheia de falhas, formada por pecadores como nós, mas que foi amplamente vencedora. Para termos uma equipe semelhante, precisamos aprender e conhecer os passos de Jesus ao selecionar o seu “time”. Seguem seis princípios de sua liderança

1. Jesus identificou o perfil de seus comandados

“Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mc 1.17).

Jesus buscava ajudadores que tivessem duas características: paixão e competência. As perguntas fundamentais na escolha de uma equipe são: “Onde está o seu coração?” e “Qual é a sua competência?”. Entendo por “competência” o conjunto de habilidades, unção, conhecimento e experiência. Já a “paixão” ou “coração”, é o caráter, a intenção, o compromisso e os valores pessoais.

Nas igrejas, há aqueles que são apaixonados por um ministério, mas não demonstram competência para atuar nele. Como exemplo, existem aqueles que se sentem plenamente realizados atuando no louvor, mas basta ouvi-los cantar para saber que não têm vocação para o canto fora das quatro paredes do seu banheiro. Em alguns casos, um pouco de técnica resolve. Em outros, não.

Há, ainda, o crente competente para cantar, mas que não coloca o coração nisso. Assim, o conhecimento é quase inútil, a dedicação se torna obsoleta e os frutos do ministério, escassos. O melhor é tentar atrair o coração dessa pessoa, mas sem autoritarismo. Isso precisa ser obra do Espírito Santo e não de homens. Caso essa atração não ocorra, cabe ao líder planejar uma substituição. Nem sempre o conhecimento basta.

Por fim, há aqueles que atuam em área onde são incompetentes e não têm nela o seu coração. Geralmente, estão lá por determinação de alguém que o “empurra”, na melhor das intenções. Aí só há uma saída: retire-o de lá com urgência. Não receie abrir lacunas. Ore e Deus proverá.

2. Jesus selecionou alguns

“Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles...” (Lc 6.12,13).

Não vemos outra forma de alcançarmos um ministério bem-sucedido a não ser pela busca incessante da direção do Pai. Jesus orou antes de formar sua equipe. Um princípio básico, simples e eficiente. Jesus se dedicou pessoalmente ao processo de escolha e foi pró-ativo nessa seleção. Conviveu com seus discípulos, caminhou com eles, conheceu seus anseios.

Um ponto interessante na atitude de Jesus é que Ele escolheu justamente aqueles que tinham uma ocupação. Acreditamos que é melhor liderar pessoas engajadas em determinado trabalho — ou que pelo menos já o foram — do que liderar pessoas desocupadas. Pessoas trabalhadoras se encaixam melhor no perfil de uma equipe ideal. Estar ocupado significa se envolver naquilo a que se propõe. Ou seja, dedicar o coração, a alma e a vida.

3. Jesus capacitou os escolhidos

Não há como falar sobre o processo de escolha dos discípulos sem fazer alusão à frase “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”. No reino de Deus, capacitação é primordial. “Então, começou a ensinar seus discípulos”. É o que narra Marcos quando fala sobre essa relação de ensino entre Jesus e sua equipe. O próprio Espírito Santo foi enviado com a tarefa de nos “ensinar todas as coisas”.

A capacitação é o ato intencional de fornecer meios para proporcionar uma aprendizagem que, invariavelmente, representa mudança no comportamento humano. E essa mudança decorre dos novos conhecimentos, do desenvolvimento das habilidades, da lapidação das atitudes e da formação de conceitos.

Treinar um membro da equipe pode ser trabalhoso, mas é fundamental para que o ministério não se perca. Quando a igreja tem membros bem treinados, ela se desenvolve melhor. E a recíproca é verdadeira. Igrejas maduras, bem desenvolvidas, valorizam a capacitação.

4. Jesus deu o direcionamento

Jesus também orientou como os setenta deveriam agir (Lc 10.1). Falou desde o que deveriam levar até como deveriam se comportar. A missão era clara e bem definida. Jesus enxergou o objetivo, montou a equipe, comunicou, instruiu e encorajou os envolvidos. Tudo isso para que considerassem a importância da missão para a qual estavam sendo escolhidos.

Assim como Jesus, o líder precisa orientar sua equipe e conduzi-la à visão que Deus lhe deu. É função do líder direcionar a obra, isto é, definir metas em cada etapa, o papel de cada um no processo e acompanhar todo o andamento da missão, não deixando que as coisas ocorram ao “acaso” ou no improviso.


5. Jesus avaliou o trabalho

O feedback, ou a reação dos envolvidos nos processos — locutores, interlocutores e receptadores — é fundamental para o sucesso. Sem avaliar os resultados de cada etapa, corre-se o risco de desperdiçar informações importantes para as próximas execuções. Em pelo menos duas ocasiões, Jesus reagiu ao comportamento dos discípulos e deixou claro uma opinião sobre os fatos. Vejamos:

• “Roguei a teus discípulos que o expelissem, mas eles não puderam. Respondeu Jesus: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco e vos sofrerei? Traze o teu filho” (Lc 9.40,41).

• “Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! [...] Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai [...] E, voltando-se para os seus discípulos, disse-lhes particularmente: Bem-aventurados os olhos que vêem as coisas que vós vedes” (Lc 10.17, 24).

Esses dois momentos se referem ao mesmo assunto: expulsão de demônios. Em um caso, Jesus repreendeu os discípulos por não terem conseguido expulsar, no outro, eles se surpreenderam pelo fato de os demônios se submeterem.

Um dos objetivos de avaliar a equipe é descobrir onde é preciso concentrar nossos ensinamentos. A avaliação é um meio, não um fim. Deve ser relativa ao objetivo desejado, mas observa também as habilidades e as atitudes em evidência no grupo. Avaliar é essencial tanto para reforçar o que é positivo como para punir o que é negativo, resultando em ajustes. Perceba que Jesus em um momento reprovou, mas no outro, aprovou o comportamento da equipe — o que evidencia sua capacidade de olhar qualidades e defeitos com a mesma intensidade.

6. Jesus incentivou sua equipe

“Ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por causa do reino de Deus, que não receba, no presente, muitas vezes mais e, no mundo por vir, a vida eterna” (Lc 18.29,30).

O maior incentivo de quem serve deve ser agradar o Senhor. Não há alegria maior para um servo do que sentir que Deus está feliz com suas atitudes e trabalho. Por isso, creio que o maior incentivo de quem serve é que se permita que ele sirva mais.

Incentivar a equipe é estar atento à satisfação de todas essas diferentes necessidades das pessoas. Uma organização ou agrupamento não deve pretender suprir todas as necessidades de alguém, mas deve ser sensível para conhecer o estágio em que cada um se encontra e procurar fazer o melhor para ajudar cada pessoa em seu momento de vida.

Estes seis princípios observados na vida de Jesus, durante a formação de sua equipe, podem e devem ser perseguidos pelos líderes. Imitar Jesus abrange todos os aspectos de seu caráter perfeito e seu procedimento exemplar. Nele não havia pecado, por isso, tudo o que pudermos observar é digno de ser imitado. Devemos sempre aprender com o nosso Mestre!

Por Rodolfo Montosa.

domingo, 30 de setembro de 2012

Servir: privilégio de poucos! Por: Ed René Kivitz

É natural ao coração humano a busca de conforto, status, poder e tudo quanto vem agregado a estas realidades.
Tiago, João e sua mãe foram até Jesus solicitar tais privilégios na consumação do reino de Deus. Jesus não disse nem que sim, nem que não, mas aproveitou para reforçar que o reino de Deus é reino de servos e, portanto, os servos são os verdadeiros governantes do mundo.
No reino de Deus, o privilégio e o ônus de governar não é das "pessoas importantes", mas dos servos, até porque, governar é servir.
No reino de Deus, a maneira de governar não é exercendo domínio sobre os governados, mas servindo os governados, até porque, governar é servir. Na lógica do reino de Deus, o oposto também é verdadeiro: servir é governar.

Para servir é necessário sair da zona de conforto, isto é, fazer o indesejado, dedicar tempo para tarefas pouco atraentes, assumir responsabilidades desprezadas pela maioria, fazer "o trabalho sujo", enfim fazer o que ninguém gosta de fazer. Para servir é necessário vencer o orgulho, isto é, se dispor a ser tratado como escravo, ter os direitos negligenciados, ser desprestigiado, sofrer injustiças, conviver com quase nenhum reconhecimento, enfim, não se deixar diminuir pela maneira como as pessoas tratam os que consideram em posição inferior. Para servir é necessário abrir mão dos próprios interesses, isto é, pensar no outro em primeiro lugar, ocupar-se mais em dar do que em receber, calar primeiro, perdoar sempre, sempre pedir perdão, enfim, fazer o possível para que os outros sejam beneficiados ainda que ás custas de prejuízos e danos pessoais.

Não é por menos que em qualquer sociedade humana existem mais clientes do que servos. Servir não é privilégio de muitos. Servir é para gente grande. Servir é para gente que conhece a si mesma, e está segura de sua identidade, a tal ponto que nada nem ninguém o diminui. Servir é para gente que conhece o coração das gentes, de tal maneira que nada nem ninguém causa decepção suficiente para que o serviço seja abandonado. Servir é para quem conhece o amor, de tal maneira que desconhece preço elevado demais para que possa continuar servindo. Servir é para quem conhece o fim a que se pode chegar servindo e amando, de tal maneira que não é motivado pelo reconhecimento, a gratidão ou a recompensa, mas pelo próprio privilégio de servir. Servir é para gente parecida com Jesus. Servir é para muito pouca gente.

A comunidade cristã - a Igreja, pode e deve ser vista, portanto, como uma escola de servos. Uma escola onde aprendemos que somos portadores do dna de Deus, dignidade que ninguém nos pode tirar. Uma escola onde aprendemos que, por mais desfigurado que esteja, todo ser humano carrega a imagem de Deus. Uma escola onde aprendemos a amar, e descobrimos que, se "não existe amor sem dor", jamais se ama em vão. Uma escola onde aprendemos que "mais bem aventurada coisa é dar do que receber".

Servir é mesmo privilégio de poucos. De minha parte, preferiria ser servido. Mas aí teria de abrir de mão do reino de Deus. Teria de abrir mão de desfrutar do melhor de mim mesmo. Teria de abrir mão de você. Definitivamente, me custaria muito caro. Nesse caso, continuo na escola.
© 2008 Ed René Kivitz

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A Heresia do Egocentrismo, Aut:John MacArthur

John MacArhtur, autor de mais de 150 livros e conferencista internacional, é pastor da Grace Comunity Church, em Sum Valley, Califórnia, desde 1969; é presidente do Master's College and Seminary e do ministério "Grace to You"; John e sua esposa Patrícia têm quatro filhos e quatorze netos.


"Não negligencieis a prática do bem e a mútua cooperação [koinonia]"


Hebreus 13.16

O egocentrismo não tem lugar na igreja. Nem devíamos dizer isso, mas, desde o alvorecer da era apostólica até hoje, o amor próprio em todas as suas formas tem prejudicado incessantemente a comunhão dos santos. Um exemplo clássico e antigo de egocentrismo fora de controle é visto no caso de Diótrefes. Ele é mencionado em 3 João 9-10, onde o apóstolo diz: "Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida. Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja".
Diótrefes anelava ser o preeminente em sua congregação (talvez até mais do que isso). Portanto, ele via qualquer outra pessoa que tinha autoridade de ensino – incluindo o apóstolo amado – como uma ameaça ao seu poder. João havia escrito uma carta de instrução e encorajamento à igreja, mas, por causa do desejo de Diótrefes por glória pessoal, ele rejeitou o que o apóstolo tinha a dizer. Evidentemente, ele reteve da igreja a carta de João. Parece que ele manteve em segredo a própria existência da carta. Talvez ele a destruiu. Por isso, João escreveu sua terceira epístola inspirada para, em parte, falar a Gaio sobre a existência da carta anterior.
Na verdade, o egoísmo de Diótrefes o tornou culpado do mais pernicioso tipo de heresia: ele rejeitou ativamente e se opôs à doutrina apostólica. Por isso, João condenou Diótrefes em quatro atitudes: ele rejeitou o ensino apostólico; fez acusações injustas contra um apóstolo; foi inóspito para com os irmãos e excluiu aqueles que não concordavam com seu desafio a autoridade de João. Em todo sentido imaginável, Diótrefes era culpado da mais obscura heresia, e todos os seus erros eram frutos de egocentrismo.
Em nosso estado caído, estado de carnalidade, somos todos assediados por uma tendência para o egocentrismo. Isto não é uma ofensa insignificante, nem um pequeno defeito de caráter, nem uma ameaça irrelevante à saúde de nossa fé. Diótrefes ilustra a verdade de que o amor próprio é a mãe de todas as heresias. Todo falso ensino e toda rebelião contra a autoridade de Deus estão, em última análise, arraigados em um desejo carnal de ter a preeminência – de fato, um desejo de reivindicar para si mesmo aquela glória que pertence legitimamente a Cristo. Toda igreja herética que já vimos tem procurado suplantar a verdade e a autoridade de Deus com seu próprio ego pretensioso.
De fato, o egocentrismo é herético porque é a própria antítese de tudo que Jesus ensinou ou exemplificou. E produz sementes que dão origem a todas as outras heresias imagináveis.
Portanto, não há lugar para egocentrismo na igreja. Tudo no evangelho, tudo que igreja tem de ser e tudo que aprendemos do exemplo de Cristo golpeia a raiz do orgulho e do egocentrismo humano.
Koinonia
As descrições bíblicas de comunhão na igreja do Novo Testamento usam a palavra grega koinonia. O espírito gracioso que essa palavra descreve é o extremo oposto do egocentrismo. Traduzida diferentemente por "comunhão", "compartilhamento", "cooperação" e "contribuição", esta palavra é derivada de koinos, a palavra grega que significa "comum". Ela denota as ideias de compartilhamento, comunidade, participação conjunta, sacrifício em favor de outros e dar de si para o bem comum.
Koinonia era uma das quatro atividades essenciais que mantinha os primeiros cristãos juntos: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão [koinonia], no partir do pão e nas orações" (At 2.42). O âmago da "comunhão" na igreja do Novo Testamento era culto e sacrifício uns pelos outros, e não festividade ou funções sociais. A palavra em si mesma deixava isso claro nas culturas de fala grega. Ela foi usada em Romanos 15.26 para falar de "uma coleta em benefício dos pobres" (ver também 2 Co 9.3). Em 2 Coríntios 8.4, Paulo elogiou as igrejas da Macedônia por "participarem [koinonia] da assistência aos santos". Hebreus 13.16 diz: "Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação [koinonia]". Claramente, o egocentrismo é hostil à noção bíblica de comunhão cristã.
Uns aos outros
Esse fato é ressaltado também pelos muitos "uns aos outros" que lemos no Novo Testamento. Somos ordenados: a amar "uns aos outros" (Jo 13.34-35; 15.12, 17); a não julgar "uns aos outros" e ter o propósito de não por tropeço ou escândalo ao irmão (Rm 14.13); a seguir "as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros" (Rm 14.19); a ter "o mesmo sentir de uns para com os outros" e acolher "uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus" (Rm 15.5, 7). Somos instruídos a levar "as cargas uns dos outros" (Gl 6.2); a sermos benignos uns para com os outros, "perdoando... uns aos outros" (Ef 4.32); e a sujeitar-nos "uns aos outros no temor de Cristo" (Ef 5.21). Em resumo, "Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo" (Fp 2.3).
No Novo Testamento, há muitos mandamentos semelhantes que governam nossos relacionamentos mútuos na igreja. Todos eles exigem altruísmo, sacrifício e serviço aos outros. Combinados, eles excluem definitivamente toda expressão de egocentrismo na comunhão de crentes.
Cristo como cabeça de seu corpo, a igreja
No entanto, isso não é tudo. O apóstolo Paulo comparou a igreja com um corpo que tem muitas partes, mas uma só cabeça: Cristo. Logo depois de afirmar, enfaticamente, a deidade, a eternidade e a proeminência absoluta de Cristo, Paulo escreveu: "Ele é a cabeça do corpo, da igreja" (Cl 1.18). Deus "pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo" (Cl 1.22-23). Cristãos individuais são como partes do corpo, existem não para si mesmos, mas para o bem de todo o corpo: "Todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor" (Ef 4.16).
Além disso, cada parte é dependente de todas as outras, e todas estão sujeitas à Cabeça. Somente a Cabeça é preeminente, e, além disso, "se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam" (1 Co 12.26).
Até aquelas partes do corpo aparentemente insignificantes são importantes (vv. 12-20). "Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve. Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo?" (vv. 18-19).
Qualquer evidência de egoísmo é uma traição de não somente o resto do corpo, mas também da Cabeça. Essa figura torna o altruísmo humilde em virtude elevada na igreja – e exclui completamente qualquer tipo de egocentrismo.
Escravos de Cristo
A linguagem de escravo do Novo Testamento enfatiza, igualmente, esta verdade. Os cristãos não são apenas membros de um corpo, sujeitos uns aos outros e chamados à comunhão de sacrifício. Somos também escravos de Cristo, comprados com seu sangue, propriedade dele e, por isso, sujeitos ao seu senhorio.
Escrevi um livro inteiro sobre este assunto. Há uma tendência, eu receio, de tentarmos abrandar a terminologia que a Escritura usa porque – sejamos honestos – a figura de escravo é ofensiva. Ela não era menos inquietante na época do Novo Testamento. Ninguém queria ser escravo, e a instituição da escravidão romana era notoriamente abusiva.
No entanto, em todo o Novo Testamento, o relacionamento do crente com Cristo é retratado como uma relação de senhor e escravo. Isso envolve total submissão ao senhorio dele, é claro. Também exclui toda sugestão de orgulho, egoísmo, independência ou egocentrismo. Está é simplesmente mais uma razão por que nenhum tipo de egocentrismo tem lugar na vida da igreja.
O próprio senhor Jesus ensinou claramente este princípio. Seu convite a possíveis discípulos foi uma chamada à total autorrenúncia: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me" (Lc 9.23).
Os doze não foram rápidos para aprender essa lição, e a interação deles uns com os outros foi apimentada com disputas a respeito de quem era o maior, quem poderia ocupar os principais assentos no reino e expressões semelhantes de disputas egocêntricas. Por isso, na noite de sua traição, Jesus tomou uma toalha e uma bacia e lavou os pés dos discípulos. Sua admoestação para eles, na ocasião, é um poderoso argumento contra qualquer sussurro de egocentrismo no coração de qualquer discípulo: "Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.14-15).
Foi um argumento do maior para o menor. Se o eterno Senhor da glória se mostrou disposto a tomar uma toalha e lavar os pés sujos de seus discípulos, então, aqueles que se chamam discípulos de Cristo não devem, de maneira alguma, buscar preeminência para si mesmos. Cristo é nosso modelo, e não Diótrefes.
Não posso terminar sem ressaltar que este princípio tem uma aplicação específica para aqueles que estão em posições de liderança na igreja. É um lembrete especialmente vital nesta era de líderes religiosos que são superestrelas e pastores jovens que agem como estrelas de rock. Se Deus chamou você para ser um presbítero ou mestre na igreja, ele o chamou não para sua própria celebridade ou engrandecimento. Deus o chamou a fazer isso para a glória dele mesmo. Nossa comissão é pregar não "a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos [escravos], por amor de Jesus" (2 Co 4.5).

Traduzido por: Francisco Wellington Ferreira
Editor: Tiago Santos
Copyright © John MacArthur & Tabletalk
Copyright © Editora FIEL 2012.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Diferenças entre o casal podem ser resolvidas com diálogo e confiança mútua!

Todo e qualquer relacionamento amoroso passa por problemas. Contudo, a capacidade de lidar com cada um deles varia de casal para casal. Para evitar maiores desgastes, é necessário analisar e driblar essas adversidades que aparecem pelo caminho.
O diálogo deve ser mantido dentro de um relacionamento, principalmente quando uma das partes detecta um sinal de alerta, ou seja, um problema.
De acordo com o psicólogo Silmar Coelho, quem não dá importância a esses sinais e não corrige o que precisa certamente terá conflitos maiores.

“Problemas aumentam de tamanho quando não confrontados. Eles são como um tanque de roupa suja, se não lavar hoje, amanhã tem mais”, afirma.
Entretanto, o casal deve saber que, diante de uma situação complicada, homens e mulheres agem de formas diferentes. Nem sempre é simples fazer com que o parceiro entenda o que o outro sente, e na hora da raiva, algumas pessoas perdem o controle, e consequentemente, a razão. Uma conversa sincera é importante, sem agredir ou culpar, mas sim explicando o que se sente.

“O que acontece, muitas vezes, é que homens e mulheres não enxergam o problema de forma semelhante. Um bom exemplo é falar sobre os sentimentos, uma vez que cada um manifesta de uma forma diferente”, aponta.
A exposição de sentimentos é dos motivos de discussões entre alguns casais, pelo fato de que, mais uma vez, homens e mulheres pensem de maneira diferente. O psicólogo explica que “o homem acha que provendo as necessidades da mulher está dizendo que a ama. Mas para a mulher essas coisas não bastam, pois ela precisa ouvir o tempo todo que é amada, já o homem não”.

O relacionamento deve ser construído com verdade. Contar o que acontece aumenta a confiança. Mas em alguns casos, as pessoas falam mais do que o necessário, o que pode trazer problemas para a vida do casal. Um bom exemplo são informações que não vão agregar em nada a vida do outro, mas que em contrapartida podem provocar ciúme e briga. Por isso deve haver um bom senso antes de dizer algumas coisas desnecessárias. Silmar diz que falar ou deixar de falar deve ser analisado dentro da situação e da personalidade do parceiro.
O fato é que problemas todos os casais têm, mas vale o esforço e a tentativa para superá-los e fazer a relação ser melhor a cada dia. Silmar finaliza dizendo que “uma relação saudável é construída todos os dias, com pequenos gestos e atitudes de respeito e amor”.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Desigrejados e decepcionados com a igreja!

Minha mãe me ensinou desde criança uma lição: “Nunca crie expectativas altas demais, porque se o resultado for mediano, você vai se decepcionar. Já se sua expectativa for baixa e o resultado for mediano, você ficará feliz”. A lição de minha mãe nada mais é do que um mecanismo para evitar a decepção. O desapontamento. A frustração. E o maior deles seria não esperar demais de nada nem de ninguém. Eu acreditei nisso por muitos anos. Mas hoje vejo que ela estava errada. E já explico o porquê.
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Quando uma pessoa passa a frequentar uma igreja, ela cria uma expectativa. Todos nós, que não nascemos em berço evangélico, passamos por isso e sabemos disso. Esperamos que na igreja a pessoa seja diferente. Vemos no pastor a figura do representante de Deus. E esperamos do irmão e dos líderes nada menos do que o melhor. Um comportamento exemplar. Amor transbordante. Só que o tempo passa e a gente descobre que membros e líderes de igreja são seres humanos absolutamente normais: erram, pecam, desiludem, às vezes até maltratam.
Como nosso nível de expectativa era altíssimo, a decepção com palavras ou atitudes dentro da igreja provoca uma frustração colossal. Não suportamos que um irmão ou um pastor errem como nós erramos. Ficamos magoados. Feridos. Machucados. E, atendendo ao instinto de defesa do animal humano ante o predador, fugimos.
Ao fugir, uns se desviam e apostatam da fé. Outros mantém vivo o amor por Jesus e caem na ilusão de que se viverem sua fé numa comunidade alternativa não terão essas decepções, tadinhos. Tornam-se o que passou a se chamar de “desigrejados”. Esses decepcionados creem que fugindo do templo conseguirão fugir da decepção com as pessoas. Só que paredes, tijolo e argamassa não carregam em si o potencial de decepcionar: pessoas carregam. Por isso, o desigrejado dá um tiro no próprio pé, por se iludir com a falsa promessa de uma segurança fora dos templos institucionais. Mas o tempo vai passar e ele vai descobrir que a decepção e a frustração acompanharão quem convive com gente.
Pois esse é o âmago da questão. Desigrejar-se e ficar pela internet escrevendo para pessoas de outras cidades: “Amigaaaaa! Eu te amooooooo!” é mole. Pois você está convivendo com um avatar, mesmo que fale vez por outra por MSN, telefone, Skype. É como um namoro, em que nos primeiros meses cada um só vai mostrar o melhor de si. O mesmo ocorre nas “comunidades” dos desigrejados (ou “adenominacionais”, como alguns fazem muita questão de dizer). Mas conheça fundo cada pessoa, cada irmão desigrejado que faz parte da sua “comunidade de fé” virtual ou real. Você vai descobrir que ele tem o exato mesmo potencial de decepcionar e frustrar que um ser humano que frequenta uma igreja institucional. Por uma simples razão: carrega em si a semente inexorável do pecado.
É por isso que tantos desigrejados têm retornado às igrejas tradicionais: descobriram que fora dos templos pessoas continuam sendo pessoas. Que se decepcionaram do mesmo jeito. Que a frustração é igualzinha. E é por isso que afirmo que a moda dos desigrejados vai passar. Pois pode levar algum tempo, mas eles também serão feridos fora dos templos – e isso já está acontecendo, e muito. Hoje eles não enxergam. Mas espere uma ou duas décadas e você verá o balanço do pêndulo levá-lo para o outro lado.
Minha mãe estava errada. Conversando com uma psicóloga sobre a ideia de manter baixo o nível de expectativas para não sentir a dor da decepção, ela me disse: “Zágari, a questão não é criar baixas expectativas para não se frustrar. O segredo está em aprender a conviver com a decepção, com a frustração. Pois elas são inevitáveis”. Ouvir isso literalmente mudou minha vida em igreja. Porque, a partir daí, aprendi que serei ferido. E passei a pensar em como reagir a isso. Fugir? Não, não é essa a solução.
O caminho é compreender que o ser humano, dentro ou fora de um templo institucional, erra. Decepciona. Frustra. Magoa. Machuca. E lidar com essa verdade. Hoje eu sei que serei em algum momento traspassado por palavras e atitudes de irmãos ou pastores da igreja. Pois são cristãos, mas também são humanos que pecam. Sabendo disso, não agirei como uma menininha chorona, fazendo mimimi ante uma decepção: agirei como Jesus, estendendo graça e compreendendo a falibilidade humana. Compreendendo que Igreja é corpo. E quando o pé dói e faz todo o corpo sofrer, a mão não tem culpa, mas ela não vai se extrair do corpo para se livrar do pé que a faz sofrer. A mão irá cuidar, tratar, tolerar o pé.
E é isso o que temos de fazer: se alguém na igreja institucional te decepciona, magoa, fere, se desigrejar não resolverá absolutamente nada. Pois vocé largou o pé doente para lá, não tratou dele e ainda foi embora, deixando o corpo maneta. E vai se juntar a um corpo “alternativo”, a uma “comunidade”, a um grupo “adenominacional” onde haverá outros pés doentes que te farão sofrer, mais dia, menos dia. Ou seja, troca-se seis por meia-dúzia.
De imediato, se desigrejar parece ser a solução celestial para quem se decepciona dentro da igreja organizada. Em médio e longo prazos, tal pessoa descobrirá que isso não resolve nada. É apenas o mesmo com um verniz diferente. E os que se desigrejaram para não se frustrar (por achar que agora estão numa comunidade onde já se espera que se peque e ninguém cobra nada de ninguém – e por isso o nível de expectativa é baixo), viverão a frustração em dobro. Pois chegará o dia em que, em seu desigrejamento, serão decepcionados, magoados, feridos. Pois se chamar “adenominacional” não fará ninguém ser menos pecador ou decepcionante.
Não busque lugares para viver a fé onde sua expectativa seja baixa. Aprenda a viver com a frustração. Pois ela é inevitável. Pessoas ferem. Desigrejados são pessoas. Meu irmão em Cristo desigrejado, vou te contar um segredo: você se frustrará na comunidade em que vive a fé. É um questão de tempo. Quando (e não “se”) isso acontecer, espero que você já tenha entendido que se decepcionar com o irmão faz parte da jornada cristã.
A questão não é ser ferido ou não. A questão é: o que fazer quando isso acontecer. Fugir? Espernear? Criar dissenssões? Ou ficar e colaborar? Suportar os outros em amor? Cuidar e discipular quem decepciona? Ajudar o pé a sarar e caminhar bem? Mas isso dá trabalho, né? O mais fácil é pegar nossa trouxinha e nos mudarmos para outro modelo de vida cristã, nos enganando que ali não nos decepcionaremos só porque não tem um templo ou um pastor.

Aprenda, querido irmão, querida irmã: onde houver gente você se decepcionará. O modelo é só a casca. Para não se frustrar com o ser humano, a única alternativa é fugir do convívio e se trancar num mosteiro ou numa caverna. Mas cuidado. Lembre-se que, ao fazer isso, você estará carregando junto consigo… você mesmo. E você tem um gigantesco potencial de decepcionar a si mesmo, de frustrar a si mesmo, de magoar a si mesmo, de ferir a si mesmo. Imagine então o potencial que você tem de machucar o próximo. E cogite a possibilidade de que o problema não esteja no templo, nos pastores, nos irmãos, no modelo de igreja: esteja em seu próprio coração pecador. Sim, querido, querida: você pode ser o problema. E peço a Deus que você consiga conviver com a pessoa decepcionante, frustrante e magoadora que você é.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Maurício Zágari

domingo, 23 de setembro de 2012

Estavam na Prisão, Mas, A prisão não estava neles!


Título: Paulo e Silas na prisão
Texto: Atos cap. 16: 16 ao 34

Tema: Estavam na prisão, mas a prisão não estava neles!

Introdução: Este episódio ocorreu na segunda viagem missionária do apóstolo Paulo, deu-se na cidade de Filipos (Macedônia).
Foi ali naquela cidade que Paulo e Silas pregaram a Lídia (Atos 16:15) e o Espírito Santo lhe abriu o coração para que cresse no evangelho, e assim em sua casa foi estabelecida a “primeira igreja” no continente Europeu.

Os passos que levaram os Apóstolos a prisão e a manifestação sobrenatural de Deus em defesa deles:

1- A libertação da jovem com espírito de adivinhação, V.18
2- A perseguição aos Apóstolos V.19
3- Uma falsa acusação V.20, 21
4- Um aprisionamento Brutal V.23, 24

5- A confiança inabalável dos Apóstolos V.25

6- A prisão abalada V.26

7- O carcereiro Abalado V.27

8- A grande pergunta V.28, 29,30

9- Uma resposta clara V. 31

10- Uma conversão real V. 33,34

Existem várias maneiras de Deus falar com pessoas...

Com o povo de Israel no pé do monte Sinai, Deus se manifestou com alarido de trombetas e grande sonido,

Com o profeta Elias na caverna falou através de uma voz mansa e delicada.

Com Lídia a vendedora de púrpura, o Espírito Santo mansamente lhe abriu o coração para que cresse no evangelho.

E para falar com esse carcereiro da cidade de Filipos, precisou um grande terremoto que abalou os alicerceis da prisão.

Na verdade o prisioneiro ali era ele (o carcereiro)

Era prisioneiro do medo! “queria se matar”

Era prisioneiro do pecado! “perguntou sobre como fazer para ser salvo”

Reconheceu que aqueles homens é que eram verdadeiramente “livres”, pois apesar de estarem numa prisão física, suas almas eram livres para adorar a Deus em meio à dor e sofrimento.

Eram livres para orar

Eram livres para cantar

Eram livres para amar

Eram livres para perdoar

Conclusão: Com suas vidas dedicadas ao Senhor, mostraram para aquele carcereiro que eles “estavam na prisão, mas a prisão não estava neles”.

E todo homem ou mulher de Deus que é livre de alma e espírito, nenhuma prisão da terra poderá dete-los.

Se pois, o Filho vos libertar, “verdadeiramente, sereis livres” João 8:36.


Sermão preparado por Missionária: Sara Pavesi Veiga, e apresentado na conclusão do curso de Oratória.
Tinha 5 min. para anunciar o que iria falar, falar o que anunciou e fazer a conclusão do assunto.