terça-feira, 24 de janeiro de 2012

C. H. Spurgeon - Um caráter Forjado!


"Eu preferiria descender de alguém que sofreu pela fé a trazer o sangue de todos os imperadores em minhas veias." Spurgeon estava se referindo ao fato de que, apesar de haver uma linhagem de valentes escandinavos em seu sangue, o principal fator da sua herança era que alguns dos antigos Spurgeon estavam entre os protestantes do século dezessete que fugiram das perseguições movidas pelos católicos romanos para encontrar refúgio na Inglaterra.

Um seu ancestral, Job Spurgeon, "teve que sofrer no bolso e em sua pessoa pelo testemunho de uma boa consciência". Job, com outros três homens, foi aprisionado por comparecer a uma reunião não conformista - uma reunião de pessoas que se recusavam a conformar-se às doutrinas e práticas da Igreja da Inglaterra. Eles sofreram no cárcere durante um inverno que foi "notável pelos extremos a que o frio chegou"; os três dormiam sobre palha. Job Spurgeon ficou tão fraco que não podia deitar-se, e ficava o tempo todo na posição ereta.

Charles declarou: "Lanço meu olhar para o passado, através de quatro gerações, e vejo que aprouve a Deus ouvir as orações do pai do meu avô, que costumava suplicar a Deus que seus filhos vivessem diante dEle até a última geração; e foi do agrado de Deus levar um após outro a amá-1o e a temer o Seu nome".

A experiência pregressa da qual Charles Spurgeon veio era, pois, de tal natureza que, resistir por princípio, custasse o que custasse, era proeminente.

Ele nasceu no dia 19 de junho de 1834 na cidade de Kelvedon, no condado de Essex. Mas, na idade de catorze anos, foi levado para a casa dos seus avós paternos, na remota vila de Stambourne, e ali passou os cinco anos subseqüentes. Sua mãe só tinha dezenove anos de idade quando ele nasceu, e a chegada de outro bebê dentro do ano seguinte foi, prova velmente, o motivo da mudança.
Seu avô, o Reverendo James Spurgeon, era o ministro da Igreja Congregacional (Independente) de Stambourne, posição que vinha ocupando durante vinte e cinco anos. Graduado pelo Hoxton College, de Londres, tinha profundo conhecimento das Escrituras e dos escritos dos puritanos. Sua voz era forte, mas excepcionalmente agradável e largamente expressiva, e sua pregação era zelosa e vigorosa. Em seu trabalho no púlpito e em suas conversas privadas, freqüentemente se insinuava uma nota de humor. Para uma igreja de aldeia, sua congregação era numerosa, e a declaração feita por um seu ouvinte, "Eu poderia subir com asas como de águias depois de ser alimentado com tão celestial alimento", era sem dúvida o que muitos sentiam quando o sermão terminava. Ele era amado por seu rebanho e também pelos que pertenciam à Igreja da Inglaterra em Stambourne, e ele não sentia o menor desejo de se mudar para uma localidade maior.

A avó. Sara, era uma digna companheira do seu marido. O lar deles era alegre e livre de contendas. A única declaração sobre Sara que chegou até nós é que "Ela era uma alma querida, bondosa e amável".
A filha mais nova de James e de Sara, Ana, de dezoito anos de idade, ainda morava com seus pais. Foi-lhe prazeroso ter em casa o pequeno Charles, e ele se tornou objeto do seu especial amor e carinho. Ela o atendia em suas necessidades de bebê, ajudou-o quando ele começou a aprender a andar e a falar e, visto que era brincalhona, divertia-se muito com o seu jovem encargo à medida que ele crescia. Ela era também uma cristã zelosa, e procurava promover o bem-estar espiritual do menino, por sua vida devota e por seu exemplo diário.
A casa em que Spurgeon morava era uma grande residência paroquial, originariamente construída como mansão para a nobreza. Tinha quase duzentos anos de existência, e, embora as suas paredes fora de prumo e os assoalhos inclinados revelas sem sua idade, ainda era uma casa confortável.

A porta da frente dava para uma ampla sala, tendo na parede uma enorme lareira encimada por um grande quadro de Davi e Golias. Havia ali também um cavalo de brinquedo, de balanço - "O único cavalo", dizia Charles quando adulto, "que eu gostei de montar". Uma escada em caracol levava aos quartos, no andar de cima. O menino tinha um quarto agradável, com uma velha cama de pés altos e cortina de chita presa nos quatro pés. Ele podia deitar-se e ouvir os pássaros nos beirais.

Havia um jardim bem conservado no fundo e ao lado da casa. O jardim tinha abundantes flores e frutas, e era guarnecido por um caminho gramado e sombreado, e ali o avô de Charles muitas vezes ia meditar quando se preparava para as lides do dia do Senhor. Nos últimos tempos, Charles demonstrou que gostava muito de jardins, e fazia muito uso de ilustrações tiradas da vida vegetal.

Contígua à casa erguia-se a capela. No verdadeiro estilo puritano, era inteiramente destituída de ornamentos, mas tinha um alto compartimento para o púlpito, sobre o qual pendia uma pesada caixa de som.5 Isso fazia o jovem Charles lembrar-se, quando estava sentado na igreja, do seu boneco de molas, e ele ficava imaginando a caixa de som soltando-se e caindo na cabeça do seu avô.

A capela tinha ainda uma característica singular - duas grandes portas exteriores numa parede ao lado do púlpito. Se chegasse uma carruagem com uma pessoa enferma, aquelas portas podiam ser abertas e a carruagem - retirados os cavalos - podia ser empurrada através delas, permitindo assim ao inválido um lugar confortável para ouvir (a pregação). Hoje existem serviços de auditório externo e de cadeiras de rodas, mas na capela de Stambourne havia uma combinação dos dois serviços há um século e meio.

O pequeno Charles teve o privilégio de passar muito tempo com seu avô. James Spurgeon era uma pessoa inteira mente despretensiosa, e, apesar de estar com quase sessenta anos de idade, havia muito de jovem nele. Pode ter sido por essa razão que ele se apegou tanto ao menino, ou pode ser que ele já reconhecesse as suas qualidades incomuns e quisesse orientá-las. Mesmo quando os paroquianos pediam a seu pastor que os aconselhasse e orasse com eles em seus problemas, muitas vezes ele mantinha o rapazelho a seu lado, e quando se reunia com um grupo de ministros para discutirem questões teológicas, o menino ficava ali, ouvindo atentamente e fazendo o melhor que podia para entender, Dessa forma, a introdução de Charles na consideração das questões teológicas começou muito cedo.

A vida no lar de Spurgeon foi edificada ao redor das Escrituras. Ele não somente lia a Bíblia, mas também cria com inquestionável certeza em sua inerrância. As orações eram feitas com a plena percepção de que Deus as ouvia e respondia de acordo com a Sua soberana vontade. Os padrões da Bíblia eram aceitos alegremente, e a desonestidade, ou a malícia ou qualquer coisa do gênero eram inteiramente desconhecidos. Vivia-se com seriedade, mas a vida também era assinalada por bom humor e felicidade, e "a piedade com contenta mento (que) é grande ganho", caracterizava tanto o trabalho como o lazer para os Spurgeon, velhos e jovens.

Charles ainda era criança quando tomou ciência dos livros.

Um dos quartos da casa paroquial levava a uma saleta escura - escura porque a janela tinha sido rebocada por causa do vil "imposto sobre as janelas", mas nessa saleta havia uma biblioteca puritana, e provavelmente Charles não tinha mais de três anos de idade quando começou a levar livros para a claridade e a observar as ilustrações. Somos informados de que, "Quando ainda era uma simples criança, antes de seus lábios terem proferido uma só palavra articulada, ele ficava sentado pacientemente durante horas, divertindo-se com um livro de figuras.

Foi durante aqueles primeiríssimos tempos que ele topou com as ilustrações do livro de Bunyan, Pilgrim's Progress (O Peregrino). "Quando eu vi nele, pela primeira vez, a gravura do cristão carregando o fardo nas costas, interessei-me tanto pelo pobre sujeito que achei que devia pular de alegria quando, depois de o ter carregado por tanto tempo, finalmente ficou livre dele".7 Também ficou familiarizado com outros personagens de Bunyan - o Flexível, o Fiel e o Tagarela, por exemplo - e aprendeu as suas principais características.

Ele aproveitou muita coisa do livro de Foxe, Book of Martyrs (O Livro dos Mártires). Ele se sentava e ficava contemplando as suas figuras, que representavam a queima de diversos protestantes durante o reinado da rainha Maria, a Sanguinária, e os sofrimentos que aqueles homens padece ram causaram duradoura impressão nele.

Mas Charles fez mais do que meramente olhar figuras. Ele era ainda muito novo quando aprendeu a ler. Sua tia Ana o ensinou em casa, diz ele, e acrescenta que também freqüentou "uma escola para muito jovens", dirigida pela "velha senhora Burleigh". Aliás, vemo-lo, quando tinha apenas cinco ou seis anos de idade, lendo privadamente e também em público, durante o culto doméstico. Alguém que se diz "contemporâneo" escreve: "Mesmo aos seis anos de idade, quando algumas crianças não vão além da capacidade de soletrar palavras de uma só sílaba, ele podia ler com pontuação e ênfase realmente maravilhosas numa criança tão jovem".

Durante aqueles primeiros tempos, Charles também aprendeu muito sobre a vida em geral. Em anos posteriores ele criou um personagem chamado "John Ploughman" (João, o Lavrador). Com essa pessoa imaginária ele narrou numerosos contos, cada um com uma aguda lição moral. “ João Lavrador," tinha como modelos tanto o seu avô como também Will Richardson, um fazendeiro que ele conheceu durante o tempo que viveu em Stambourne.

Quando ainda menino, Charles revelou forte coragem moral. Por exemplo, sabedor de que seu avô se afligira com a conduta de um dos membros da sua igreja que tinha começado a freqüentar uma taverna, ele marchou ousadamente até aquele local e o confrontou. O homem, Thomas Roads, disse sobre o evento:

Pensar em um homem idoso como eu ser chamado às falas... por um pedaço de gente como esse! Bem, ele simplesmente apontou o dedo para mim, e disse: "Que fazes aqui, Elias?, sentado junto com os ímpios; e o senhor, membro da igreja, e partindo o coração do seu pastor. Tenho vergonha do senhor! Eu não gostaria de partir o coração do meu pastor, disso estou seguro". E foi embora...

Eu sabia que ele tinha toda a razão, e que eu era culpado; então joguei fora meu cachimbo, não toquei na minha cerveja, mas corri para um canto isolado e me prostrei diante do Senhor, confessando o meu pecado e pedindo perdão.

A restauração de Thomas Roads foi comprovadamente real e duradoura, e ele veio a ser um zeloso cooperador na obra do Senhor. Com tão precoce idade, Charles manifestou o senso de justiça e a resistência contra o que considerava errado que o caracterizaram através de toda a sua vida posterior.

Depois de cinco anos em Stambourne, Charles foi levado de volta a seus pais. Ele tinha passado uma excelente meninice com os seus avós, e voltaria a visitá-los durante diversos verões próximos futuros.

Os pais de Charles, John e Eliza Spurgeon, agora se haviam mudado para Colchester, onde John foi empregado como secretário no escritório de uma empresa que comerciava carvão.

Também era pastor de uma igreja congregacional em Tollesbury, uma vila situada a umas nove milhas de distância, e ele fazia a viagem todos os domingos a cavalo e de carruagem. Os dois deveres o mantinham muito ocupado e lhe tomavam o tempo que ele gostaria de passar na companhia de sua mulher e de seus filhos. Ele era um bom pregador e tinha uma voz excepcionalmente forte, mas não tinha no púlpito o poder que seu pai tinha.

Havia agora outras três crianças em casa: um menino, James Archer Spurgeon (quase três anos mais novo que Charles) e duas irmãs mais novas ainda, Eliza e Emily.

Logo, logo Charles tornou-se o líder deles. Não só por ser o mais velho, mas também porque ele possuía fortes qualidades de liderança. Por exemplo, certa ocasião seu pai o viu liderar as outras crianças quando brincavam de igreja. Ele estava de pé em cima de um monte de feno, fingindo pregar, e os outros estavam sentados em feixes de feno em frente dele, ouvindo o seu sermão. Outra vez os dois irmãos, Charles e James Archer, estavam brincando com navios de brinquedo num regato. Charles tinha dado ao seu navio o nome de The Thunderer (O Tonitruante), título que tinha escolhido, disse ele, porque queria um que parecesse corajoso e vitorioso.

Naquele tempo não havia nenhum sistema de educação gratuita, e grande número de crianças permanecia analfabeta. As escolas funcionavam como atividade pessoal, e assim os pais pagavam para terem os seus filhos atendidos.

John Spurgeon queria que os seus meninos tivessem a melhor educação que ele pudesse pagar, e Charles foi colocado sob instrução assim que veio para Colchester. Foi numa escola pequena dirigida por uma tal Sra. Cook, e ele demonstrou que era um excelente estudante. Além disso, com o passar dos meses, ficou evidente que ele tinha muito mais desejo de aprender do que de jogar ou brincar, e seu pai declarou: ele fazia a viagem todos os domingos a cavalo e de carruagem. Os dois deveres o mantinham muito ocupado e lhe tomavam o tempo que ele gostaria de passar na companhia de sua mulher e de seus filhos. Ele era um bom pregador e tinha uma voz excepcionalmente forte, mas não tinha no púlpito o poder que seu pai tinha.

Havia agora outras três crianças em casa: um menino, James Archer Spurgeon (quase três anos mais novo que Charles) e duas irmãs mais novas ainda, Eliza e Emily.

Logo, logo Charles tornou-se o líder deles. Não só por ser o mais velho, mas também porque ele possuía fortes qualidades de liderança. Por exemplo, certa ocasião seu pai o viu liderar as outras crianças quando brincavam de igreja. Ele estava de pé em cima de um monte de feno, fingindo pregar, e os outros estavam sentados em feixes de feno em frente dele, ouvindo o seu sermão. Outra vez os dois irmãos, Charles e James Archer, estavam brincando com navios de brinquedo num regato. Charles tinha dado ao seu navio o nome de The Thunderer (O Tonitruante), título que tinha escolhido, disse ele, porque queria um que parecesse corajoso e vitorioso.

Naquele tempo não havia nenhum sistema de educação gratuita, e grande número de crianças permanecia analfabeta. As escolas funcionavam como atividade pessoal, e assim os pais pagavam para terem os seus filhos atendidos.

John Spurgeon queria que os seus meninos tivessem a melhor educação que ele pudesse pagar, e Charles foi colocado sob instrução assim que veio para Colchester. Foi numa escola pequena dirigida por uma tal Sra. Cook, e ele demonstrou que era um excelente estudante. Além disso, com o passar dos meses, ficou evidente que ele tinha muito mais desejo de aprender do que de jogar ou brincar, e seu pai declarou:

Charles era uma criança, um menino, saudável, com boa constituição, tinha disposição afetuosa e era muito estudioso. Estava sempre lendo livros - nunca mexendo no jardim ou alimentando pombas, como os outros meninos faziam. Eram sempre livros e livros. Se sua mãe queria dar uma vota com ele, saberia que ia encontrá-lo em meu gabinete, esparramado sobre um livro. Claro está que ele era inteligente, e inteligente em muitos ramos dos estudos. Ele aprendeu a desenhar muito bem.


Contudo, apesar do interesse dos pais pelo progresso acadêmico dos seus filhos, eles estavam muito mais preocupados com o seu bem-estar espiritual.

Visto que o pai estava sempre muito ocupado, a tarefa de criar a família caía em grande parte sobre a mãe. Ela era uma mulher excepcionalmente devota e graciosa, e seu filho James declarou: "Ela foi o ponto de partida de toda a grandeza e bondade que qualquer de nós, pela graça de Deus, acaso tem". Charles a rememora com profunda afeição e gratidão, e fala da leitura das Escrituras que ela fazia para as suas crianças e do seu empenho em que elas se preocupassem com suas almas. "Não me é possível dizer quanto devo às sérias palavras de minha boa mãe...", ele escreveu. "Lembro-me de uma ocasião em que ela orou assim: "Agora, Senhor, se meus filhos forem adiante em seus pecados, não será por ignorância que eles perecerão, e minha alma terá que dar pronto testemunho contra eles no dia do juízo, se eles não se apegarem a Cristo". Pensar em minha mãe dando pronto testemunho contra mim feriu minha consciência. ...Como posso esquecer-me de quando ela dobrava seus joelhos e, com seus braços em torno do meu pescoço, orava: "Oh, que meu filho viva em Tua presença!"

A. Dallimore

domingo, 15 de janeiro de 2012

ENCHE O TEU VASO DE AZEITE E VEM!!



ENCHE O TEU VASO DE AZEITE
Está aí na metade do v.1: “Enche o teu vaso” – outra versão diz “encha um chifre com azeite”.
Isto fala de uma experiência individual.
A bênção do enchimento do Espírito Santo é para todos, mas cuide de encher o seu vaso.
QUEM deve encher o vaso?
Deus não perguntou o tamanho do vaso… porque também não importa!
Você pode ser um pequeno membro da igreja (um pequeno membro do corpo de Cristo), alguém que dizima oferta e fica no anonimato… ou pode ser um líder de pequeno grupo, um músico, um ministro… seja qual for seu tamanho e formato: VOCÊ É UM VASO a ser cheio!
O que Deus não quer é que vivamos uma vida espiritual medíocre – por isso: enche o teu vaso de azeite!
AZEITE/DEFINIÇÃO APLICAÇÃO
Azeite no VT é símbolo do Espírito, que veio em definitivo no NT.
Os sacerdotes e reis do passado eram ungidos com azeite para consagrá-los ao serviço de Deus.
Semelhantemente, no NT, é o que se passa quando os crentes são ungidos pelo Espírito Santo: são consagrados, capacitados com poder para o serviço de Deus.
O nome “Yoshua Hamashia”, que fala de Jesus como o Messias, significa “ungido”. O nome “Cristo” significa “ungido”.
Tudo quanto Jesus fez era pela unção do Espírito Santo. Jesus mesmo declarou: “O Espírito do Senhor está sobre mim (O AZEITE), porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4.18,19).
Ele é um exemplo perfeito para nós: Cada crente deve encher seu vaso de azeite, isto é, deve ser completamente cheio do Espírito Santo.
Ser cheio do Espírito é um mandamento de Deus.
Ef 5.18: “Enchei-vos do Espírito”; outra versão: “sempre estejam sendo cheios do Espírito”.
Não é opção; mas um mandamento de Deus.
PROPÓSITO: VEM E ENVIAR-TE-EI
Encher o vaso de azeite tem um propósito – a unção tem um propósito.
Deus quer usar você, como servo (a) – Deus usou Samuel para marcar a geração da sua época!
É impossível uma pessoa ser cheia do Espírito e ficar escondida.
Em Atos 2, quando mais de 120 pessoas que se reuniam em oração, foram cheias do Espírito Santo, e ganharam as ruas de Jerusalém, a Bíblia diz que “ajuntou-se uma multidão que ficou perplexa”. O texto de At 2.12 diz: “Atônitos e perplexos, todos perguntavam uns aos outros: Que significa isto?”.
Mais adiante (v.16,17) Pedro respondeu: “…isto é o que foi dito pelo profeta Joel: “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne…”.
Você não passará despercebido se for cheio do Espírito Santo: o próprio Deus tem interesse em enviá-lo.
Atente bem ao que Deus disse a Samuel: “Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei…”. VEM e ENVIAR-TE-EI.
Samuel só foi enviado depois de ter enchido o seu vaso de azeite.
Sabe: Os discípulos também só foram enviados depois de serem cheios do Espírito: Primeiro Jesus lhes disse:
“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês [e aí] serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1.8).
A igreja não foi chamada para ficar na retaguarda, mas para ir.
Então, disse o Senhor a Samuel: até quando terás dó de Saul, havendo-o eu o rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei (I Sm 16:1).
Primeiro ponto que nos chama a atenção é que, Deus chama a atenção de Samuel, o mesmo Samuel que ouviu a voz do Senhor na sua infância e obedeceu; agora estava relutando para cumprir às ordem de Deus. Samuel estava temendo por sua própria vida, ele estava com medo de Saul matá-lo (16:2). Essa foi a desculpa que ele tentou dar para Deus. Só que o Senhor não está interessado em nossas desculpas; ele quer que cumpramos a sua ordem. Deus lhe diz: Até quando? Até quando você vai ficar sem fazer a minha vontade? Até quando eu vou ficar esperando você tomar uma decisão? Você não está vendo que eu não estou mais nisso?
Sabemos que as misericórdias de Deus não tem fim (Lm 3:32), mais até quando? As misericórdias triunfam sobre o juízo, porém, o juízo será sem misericórdias (Tg 2:13). Até quando Deus vai ficar esperando você se consertar; abandonar a vida de pecado, e verdadeiramente ser transformado pela Palavra Dele? Aproveita essa oportunidade e faça isso.
O segundo ponto é que, Deus faz um convite a Samuel. O Senhor está sempre nos convidando, nos chamando a estarmos em sua presença. Deus lhe diz: Enche o teu vaso de azeite e vem!
Uma coisa interessante que observamos nesse texto é que, Deus primeiro lhe diz: enche o teu vaso de azeite e vem. Ele não falou enche o teu vaso e vai. Ele diz vem prá que eu te encha do meu Espírito e você faça a minha obra.
Quantos estão sendo destruídos porque querem ir primeiro, antes de Deus os enviar; estão mortos espiritualmente, achando que foi Deus que lhes enviou quando na verdade não foi. E isso é fácil de identificar, pois, quando Deus envia os frutos aparecem.
Está vazio o teu vaso? O Senhor te convida: vem! Encha-se da minha Palavra, que eu te encherei da Minha Presença, da Minha unção, e do Meu Espírito.
A missão de Samuel era ungir a Davi, como rei de Israel. Dessa missão dependia todo o povo de Israel, pois Samuel estava ungindo o futuro rei de Israel. Um homem que era segundo o coração de Deus; homem esse que Deus usou poderosamente para abençoar e dar vitória ao Seu povo.
Como é importante ouvir a voz do Senhor e obedecer, devemos a cada dia termos experiências novas com o Senhor, obedecer a sua voz cumprir os seus desígnios, quando Samuel deixou de lado os seus temores, foi e fez a obra, cumpriu a sua missão. É isso que o Senhor espera de nós. Que não venhamos somente dizer: "Senhor fala que o teu servo ouve", mas que venhamos dizer também, "fala que o teu servo obedece".
Há uma grande distância entre o ouvir e o obedecer. Se Samuel tivesse somente ouvido, e não tivesse ido fazer o que Deus lhe ordenou, com certeza ele teria pagado um preço muito alto. A obra seria feita por outro, pois ninguém é insubstituível. Mas, ficaria uma lacuna no ministério de Samuel e somente ele perderia. Por isso a cada dia devemos estar atentos ao mover do Espírito, e a voz do Senhor que continua a falar-nos: Enche o teu vaso de azeite e vem! Pois através das tuas mãos o Senhor quer operar maravilhas.

Que Deus te use poderosamente como um VASO de Honra!

Missionária: Sara Pavesi.